quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Oração de Santo Agostinho


Vós sois, ó Jesus, o Cristo, meu Pai santo, meu Deus misericordioso, meu Rei infinitamente grande; sois meu bom pastor, meu único mestre, meu auxílio cheio de bondade, meu bem-amado de uma beleza maravilhosa, meu pão vivo, meu sacerdote eterno, meu guia para a pátria, minha verdadeira luz, minha santa doçura, meu reto caminho, sapiêncdia minha prelcara, minha pura simplicidade, minha paz e concórdia; sois, enfim, toda a minha salvaguarda, minha herança preciosa, minha eterna salvação.
Ó Jesus Cristo, amável, Senhor, por que, em toda minha vida, amei, por que desejei outra coisa senão Vós? Onde estave eu quando não pensava em Vós? Ah! que, pelo menos, a partir deste momento meu coração só deseje a Vós e por Vós se abrase, Senhor Jesus! Desejos de minha alma, correi, que já bastante tardastes; ó apressai-vos para o fim a que aspirais; procurai em verdade Aquele que procurais. Ó Jesus, anátema seja quem não Vos ama. Aquele que não Vos ama seja repleto de amarguras. Ó doce Jesus, sede o amor, as delícias, a admiração de todo coração dignamente consagrado à vossa glória. Deus de meu coração e minha partilha, Jesus Cristo, que em Vós meu coração desfaleça, e sede Vós mesmo a minha vida. Acenda-se em minha alma a brasa ardente de vosso amor e se converta num incêndio todo divino, a arder para sempre no altar de meu coração; que inflame o íntimo de meu ser, e abrase o âmago de minha alma; para que no dia de minha morte eu apareça diante de Vós inteiramente consumido em vosso amor. Assim Seja.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Se fizerdes isso ao menor dos irmãos, foi a mim que fizeste.


Segue o discurso proferido pela Dra. Zilda Arns antes de ser atingida no terremoto do Haiti e retornar aos braços do Pai.

"Agradeço o honroso convite que me foi feito. Quero manifestar minha grande alegria por estar aqui com todos vocês em Porto Príncipe, no Haiti, para participar da assembleia de religiosos.

Como irmã de dois franciscanos e de três irmãs da Congregação das Irmãs Escolares de Nossa Senhora, estou muito feliz entre todos vocês. Dou graças a Deus por este momento.

Na realidade, todos nós estamos aqui, neste encontro, porque sentimos dentro de nós um forte chamado para difundir ao mundo a boa notícia de Jesus. A boa notícia, transformada em ações concretas, é luz e esperança na conquista da PAZ nas famílias e nas nações. A construção da Paz começa no coração das pessoas e tem seu fundamento no amor, que tem suas raízes na gestação e na primeira infância, e se transforma em fraternidade e responsabilidade social.

A Paz é uma conquista coletiva. Tem lugar quando encorajamos as pessoas, quando promovemos os valores culturais e éticos, as atitudes e práticas da busca do bem comum, que aprendemos com nosso mestre Jesus: "Eu vim para que todos tenham vida e a tenha em abundância" (Jo 10.10).

Espera-se que os agentes sociais continuem, além das referências éticas e morais de nossa Igreja, ser como Ela, mestres em orientar as famílias e comunidades, especialmente na área da saúde, educação e direitos humanos. Deste modo, podemos formar a massa crítica das comunidades cristãs e de outras religiões, em favor da proteção da criança desde a concepção, e mais excepcionalmente até os seis anos, e do adolescente. Devemos nos esforçar para que nossos legisladores elaborem leis e os governos executem políticas públicas que incentivem a qualidade da educação integral das crianças e saúde, como prioridade absoluta.

O povo seguiu Jesus porque ele tinha palavras de esperança. Assim, nós somos chamados para anunciar as experiências positivas e os caminhos que levam as comunidades, as famílias e os pais a serem mais justos e fraternos.

Como discípulos e missionários, convidados a evangelizar, sabemos que força propulsora da transformação social está na prática do maior de todos os mandamentos da Lei de Deus: o Amor, expressado na solidariedade fraterna, capaz de mover montanhas: "Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos" significa trabalhar pela inclusão social, fruto da Justiça; significa não ter preconceitos, aplicar nossos melhores talentos em favor da vida plena, prioritariamente daqueles que mais necessitam. Somar esforços para alcançar os objetivos, servir com humildade e misericórdia, sem perder a própria identidade. Todo esse caminho necessita de comunicação constante para iluminar, animar, fortalecer e democratizar nossa missão de fé e vida. Cremos que essa transformação social exige um investimento máximo de esforços para o desenvolvimento integral das crianças. Esse desenvolvimento começa quando a criança se encontra ainda no ventre sagrado da sua mãe. As crianças, quando estão bem cuidadas, são sementes de Paz e Esperança. Não existe ser humano mais perfeito, mais justo, mais solidário e sem preconceitos que as crianças.

Não é por nada que disse Jesus: "... se vocês não ficarem iguais a estas crianças, não entrarão no Reino dos Céus" (MT 18,3). E "deixem que as crianças venham a mim, pois deles é o Reino dos Céus" (Lc 18, 16).

Hoje vou compartilhar com vocês uma verdadeira história de amor e inspiração divina, um sonho que se fez realidade. Como ocorreu com os discípulos de Emaús (Lc 24, 13-35), "Jesus caminhava todo o tempo com eles. Ele foi reconhecido a partir do pão, símbolo da vida." Em outra passagem, quando o barco no Mar da Galileia estava prestes a afundar sob violentas ondas, ali estava Jesus com eles, para acalmar a tormenta. (Mc 4, 35-41).

Com alegria vou contar o que "eu vi e o que tenho testemunhado" há mais de 26 anos desde a fundação da Pastoral da Criança, em setembro de 1983.

Aquilo que era uma semente, que começou na cidade de Florestópolis, no Estado do Paraná, no Brasil, se converteu no Organismo de Ação Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, presente em 42 mil comunidades pobres e nas 7 mil paróquias de todas as Dioceses da Brasil.

Por força da solidariedade fraterna, uma rede de 260 mil voluntários, dos quais 141 mil são líderes que vivem em comunidades pobres, 92% são mulheres, e participam permanentemente da construção de um mundo melhor, mais justo e mais fraterno, a serviço da Vida e da Esperança. Cada voluntário dedica em média 24 horas ao mês a esta Missão transformadora de educar as mães e famílias pobres, compartilhar o pão da fraternidade e gerar conhecimentos para a transformação social.

O objetivo da Pastoral da Criança é reduzir as causas da desnutrição e a mortalidade infantil, promover o desenvolvimento integral das crianças, desde sua concepção até o seis anos de idade. A primeira infância é uma etapa decisiva para a saúde, a educação, a consolidação dos valores culturais, o cultivo da fé e da cidadania com profundas repercussões por toda a vida.

25 de Março: Ordenação Diaconal - Solenidade da Anunciação do Senhor


"O Zelo por tua casa me consome"
É com muita alegria e cheio de gratidão a Deus que anuncio minha Ordenação Diaconal, que será realizada no dia 25 de Março de 2010 às 19:30h no Santuário Mariano Diocesano de Nossa Senhora da Piedade em Lagarto/SE.
Desde já conto com as orações de todos para que meu ministério seja frutuoso e conduzido segundo o Espírito de Deus que vem até nós e nos capacita.
Deus é Fiel!

domingo, 10 de janeiro de 2010

Para refletir...


Colocaste tua mão sobre mim, Senhor
Jamais poderei voltar ao lugar onde estava ou ao que eu era antes.
Posso lutar contra Ti ou me aconchegar bem perto de Ti.
Mais a vida nunca mais ficará sem a dimensão de tua presença.

Colocaste a mão sobre mim, Senhor,
Algumas vezes pesadamente, outras vezes com afeição.
Mas a segurança de senti-la é algo que jamais quero perder.

Tu não me poupas problemas e sofrimento,
Só prometeste fazer com que minhas possibilidades se adéqüem a tua intensidade
Esticas a minha fé e não me deixas outra alternativa senão confiar em Ti.
(Santo Agostinho)

sábado, 2 de janeiro de 2010

Solenidade da Epifania do Senhor


A Epifania, a "manifestação" de nosso Senhor Jesus Cristo, é um mistério multiforme. A tradição latina identifica-o com a visita dos Magos ao Menino Jesus em Belém, e portanto interpreta-o sobretudo como revelação do Messias de Israel aos povos pagãos. A tradição oriental, ao contrário, privilegia o momento do baptismo de Jesus no rio Jordão, quando Ele se manifestou como Filho Unigénito do Pai celeste, consagrado pelo Espírito Santo. Mas o Evangelho de João convida a considerar "epifania" também as núpcias de Caná, nas quais Jesus, transformando a água em vinho, "manifestou a sua glória e os seus discípulos creram nele" (Jo 2, 11). E que deveríamos dizer nós, queridos irmãos, sobretudo nós sacerdotes da nova Aliança, que todos os dias somos testemunhas e ministros da "epifania" de Jesus Cristo na santa Eucaristia? A Igreja celebra todos os mistérios do Senhor neste santíssimo e humilde Sacramento, no qual Ele ao mesmo tempo revela e esconde a sua glória. "Adoro te devote, latens Deitas" adorando, rezamos assim com São Tomás de Aquino.

É o amor divino, encarnado em Cristo, a lei fundamental e universal da criação. Isto deve ser visto ao contrário em sentido não poético, mas real. Assim o via o próprio Dante, quando, no verso sublime que conclui o Paraíso e toda a Divina Comédia, define Deus "o amor que move o sol e as altas estrelas" (Paraíso, XXXIII, 145). Isto significa que as estrelas, os planetas, todo o universo não são governados por uma força cega, não obedecem às dinâmicas unicamente da matéria. Não devem ser portanto divinizados os elementos cósmicos, mas, ao contrário, em tudo e acima de tudo existe uma vontade pessoal, o Espírito de Deus, que em Cristo se revelou como Amor (cf. Enc. Spe salvi, 5). Se assim é, então os homens como escreve São Paulo aos Colossenses não são escravos dos "elementos da criação" (cf. Col 2, 8), mas são livres, isto é, capazes de se relacionarem com a liberdade criadora de Deus. Ele está na origem de tudo e tudo governa não como um motor frio e anónimo, mas como Pai, Esposo, Amigo, Irmão, como Logos, "Palavra-Razão" que se uniu à nossa carne mortal de uma vez para sempre e compartilhou plenamente a nossa condição, manifestando o poder superabundante da sua graça. Existe portanto no cristianismo uma peculiar concepção cosmológica, que encontrou na filosofia e na teologia medievais altíssimas expressões. Ela, também na nossa época, dá sinais interessantes de um novo florescimento, graças à paixão e à fé de não poucos cientistas, os quais nas pegadas de Galileu não renunciam nem à razão nem à fé, aliás, valorizam-nas a ambas profundamente, na sua recíproca fecundidade.

O pensamento cristão compara a criação com um "livro" assim dizia o próprio Galileu considerando-a como a obra de um Autor que se expressa mediante a "sinfonia" da criação. No interior desta sinfonia encontra-se, a um certo ponto, aquilo a que na linguagem musical se classifica "solo", um tema confiado a um só instrumento ou a uma só voz; e é tão importante que dele depende o significado de toda a obra. Este "solo" é Jesus, ao qual corresponde, precisamente, um sinal real: o surgir de uma nova estrela no firmamento. Jesus é comparado pelos antigos escritores cristãos a um novo sol. Segundo os actuais conhecimentos astrofísicos, nós deveríamos compará-lo com uma estrela ainda mais central, não só para o sistema solar, mas para todo o universo conhecido. Neste misterioso desígnio, ao mesmo tempo físico e metafísico, que levou ao surgimento do ser humano como coroamento dos elementos da criação, veio ao mundo Jesus: "nascido de mulher" (Gl 4, 4), como escreve São Paulo. O Filho do homem resume em si a terra e o céu, a criação e o Criador, a carne e o Espírito. É o centro da criação e da história, porque n'Ele se unem sem se confundirem o Autor e a sua obra.

No Jesus terreno encontra-se o ápice da criação e da história, mas em Cristo ressuscitado vai-se além: a passagem, através da morte, para a vida eterna antecipa o ponto da "recapitulação" de tudo em Cristo (cf. Ef 1, 10). De facto, todas as coisas escreve o Apóstolo "tudo foi criado por Ele e para Ele" (Cl 1, 16). E precisamente com a ressurreição dos mortos Ele obteve "a primazia sobre todas as coisas" (Cl 1, 18). Afirma-o o próprio Jesus aparecendo aos discípulos depois da ressurreição: "Foi-Me dado todo o poder no céu e na terra" (Mt 28, 18). Esta consciência apoia o caminho da Igreja, Corpo de Cristo, ao longo das veredas da história. Não há sombras, por muito tenebrosas que possam ser, que obscureçam a luz de Cristo. Por isso nunca falta aos crentes em Cristo a esperança, também hoje, perante a grande crise social e económica que atormenta a humanidade, perante o ódio e a violência destruidoras que não cessam de ensanguentar muitas regiões da terra, perante o egoísmo e a pretensão do homem de se considerar o deus de si mesmo, que conduz por vezes a perigosas alterações do desígnio de Deus sobre a vida e a dignidade do ser humano, sobre a família e a harmonia da criação. O nosso esforço de libertar a vida humana e o mundo dos envenenamentos e das poluições que poderiam destruir o presente e o futuro, conserva o seu valor e sentido escrevi na já citada Encíclica Spe salvi mesmo se aparentemente não tenham sucesso ou pareçam não ter poder face ao predomínio de forças hostis, porque "é a grande esperança apoiada nas promessas de Deus que, tanto nos momentos bons como nos maus, nos dá coragem e orienta o nosso agir" (n. 35).

O senhorio universal de Cristo exerce-se de modo especial sobre a Igreja. "Sob os seus pés lê-se na Carta aos Efésios [Deus] sujeitou todas as coisas e constituiu-O cabeça de toda a Igreja, que é o Seu corpo e o complemento d'Aquele que preenche tudo em todos" (Ef 1, 22-23). A Epifania é a manifestação do Senhor, e de reflexo é a manifestação da Igreja, porque o Corpo não é separável da Cabeça. A primeira leitura de hoje, tirada do chamado Terceiro Isaías, oferece-nos a perspectiva clara para compreender a realidade da Igreja, como mistério de luz reflectida: "Levanta-te e resplandece, chegou a tua luz; / a glória do Senhor levanta-se sobre ti!" (Is 60, 1). A Igreja é humanidade iluminada, "baptizada" na glória de Deus, isto é, no seu amor, na sua beleza, no seu senhorio. A Igreja sabe que a própria humanidade, com os seus limites e as suas misérias, ressalta mais a obra do Espírito Santo. Ela não se pode orgulhar de nada a não ser no seu Senhor: não é dela que provém a luz, não é sua a glória. Mas é precisamente esta a sua alegria, da qual ninguém a poderá privar: ser "sinal e instrumento" d'Aquele que é "lumen gentium", luz dos povos (cf. Conc. Vat. II, Const. dogm. Lumen gentium,1).

Trecho da Homilia da Solenidade da Epifania do Senhor, do Papa Bento XVI em 2009.

Declaração de amor...


Vejam só aonde eu fui chegar
Não imaginei ir tão distante assim
Teu olhar por certo me atraiu
E a sua voz ainda ressoa em mim
Neste chão plantei o meu querer
Igual um grão que se entrega ao fim
Cultivei, reguei com a vida
E a luz do sol gerou vida em meu jardim
Já passei por tantos lugares
Descobri que ia sempre ao meu lado
Me acerquei dos seus santos altares
E encontrei abrigo em teu coração sagrado

Como não te ouvir
Tua voz queima-me
Minha alma quer estar junto de ti, meu Senhor
Dono de mim não sou
Me acostumei ser Teu
Lutei pra chegar até aqui
Pois trago em mim Teu amor

Desde que te encontrei e em Teu caminho andei
Teus passos imitei e decidi não voltar
Todo o meu querer na estrada atrás ficou
Dizem que o mesmo já não sou
Mas trago em mim Teu amor
Sou do Amado meu
E o meu Amado é meu